






Romaria de São Sebastião e suas Preciosas Relíquias
No meio do frenesim de pregões que ecoam nas paredes das casas e nas tendas dos mercadores, começa-se a ouvir ao longe as súplicas do Bispo, que debaixo do seu vistoso pálio que o protege do sol abrasador de julho, vai abençoando todos os fiéis que reverentemente lhe fazem a vénia.
A peste vai grassando entre as gentes, mas todos estão firmes na crença de que dias melhores virão pela graça de Deus. O turíbulo a emanar os sagrados incensos, os Cavaleiros Hospitalários a transportar os andores com as relíquias do mártir São Sebastião, o povo a atropelar-se para nelas tocar e obter a divina providência, os bombos a marcarem o compasso, a cruz reluzente, os Padre Nossos nos lábios de todos os que passam… Este é o fervoroso povo de Deus!
Ruas de Óbidos // 18h30



Nos Arrabaldes da Vergonha
A multidão assustada e silenciosa caminha fora das muralhas da Vila. Só se ouvem os gritos de sofrimento e morte. Ali, na vergonha das grutas escondidas dos arrabaldes, os homens tolhidos por maleitas escondem-se dos olhares indiscretos. Na gruta dos proscritos, perto da Porta da Vila escondem-se os gafos, maluquinhos e entravados que com os seus maltrapilhos vão pedindo esmola aos poucos que deles não fogem a correr. Já mais à frente, a rameira que se perdeu dos retos caminhos ensinados pelo seu santo paizinho, está a parir o bastardo do Alcaide, condenado a viver na triste vergonha da ilegitimidade.
Cerca do Castelo
Coveiros, gafos, larápios e outros renegados (Ofícios com História e Terras de Viri’Arte)

Mercado da Lã
Depois da longa e penosa jorna de caminhada até à Vila de Óbidos, todos os populares e homens que vêm de longe juntavam-se às portas da muralha para comerem, beberem, jogarem e comprarem os víveres necessários para a sua sobrevivência. Digamos que este mercado tem tudo…menos bons costumes!
Os contadores de histórias exóticas do arco da velha vão causando conflitos aqui e acolá, ameaçando destruir o negócio das lãs da Dona Gertrudes. O mercado da lã desenvolve-se desde a ovelha até à curtição das peles, o aproveitamento do leite para queijos e da lã para fios de cores múltiplas.
Já os jovens, na flor da idade e da pujança física, perdem-se nos jogos e nas danças. Já se sabe que quando o álcool jorra em abundância…as situações caricatas também tendem a multiplicar-se!
Cerca do Castelo
Lavagem das lãs, Tinturaria, Cardagem, Fiandeira, Tecedeira (Ofícios com História)



O Cortejo dos Penitentes
A Cruz de Cristo, triunfante e vitoriosa, segue à frente de uma multidão cabisbaixa. Todos podem ver o que acontece a quem faz pactos com o Diabo ou a quem não cumpre as sagradas escrituras. Os Padres vão recitando as bênçãos e esconjurações, trajados a negro. Jamais alguém atrever-se-á a tocar ou a olhar de frente estes penitentes!
Aqueles homens e mulheres, nossos vizinhos, familiares, conhecidos, que iam à missa, que encontrávamos no mercado, que tratavam todos os fregueses com mesinhas, afinal agiam movidos pelo pecado e não em nome de Deus.
Numa caminhada dramática, intensa e sem dúvida inesquecível, todos temos a necessidade de participar nesta expiação pública. Só assim poderá fazer efeito, livrando todos nós das pestilências que vão aniquilando, com certeza como castigo de Deus a estas pobres criaturas humanas tão imperfeitas e pecadoras. A alma poderá ser salva, mas o corpo terá de sacrificar-se.
Cerca do Castelo
Domingo a Quinta-feira: 23h15
Sexta-feira e Sábado: 00h15

Tenda de Caça
A caça é o mata tempo de monarcas e nobres, onde a folgança se impõe aos deveres reais. Para esta arte tão querida à fidalguia, entre outras ferramentas indispensáveis encontramos as aves que caçadores e seus serviçais não dispensam para as práticas da modalidade. Corujas e falcões, mochos e urubus fazem parte da coleção que aguarda na Tenda de Caça a hora da saída para a coutada. Até lá, moços dos montes e monteiros fazem-nos voar pelos céus em treinos de preparação para que o senhor os tenha na sua melhor monta.
Cerca do Castelo
(Fazenda dos Animais)
Exposição de artefactos de Falcoaria e Caça
2a a 6a feira - 17.00 às 22.00
sábado e domingo - 11.00 às 22.00
Demonstração de voo livre
2a a 6a feira - 20.30
sábado e domingo - 16.30 | 20.30



Abegoaria
Entre porcos, coelhos e cabras, gansos,ovelhas, galinhas, patos e garnisés passeia-se o cão de
guarda que nesta pequena granja põe ordem e garante a seu dono que ninguém ataca o tesouro
que o camponês guarda neste cercado. Mas poderá cada dama e nobre, cada camponês ou
pedinte aqui passar e ajudar nas lides desta quinta, que os animais são em demasia e as mãos são
parcas.
Cerca do Castelo
(Fazenda dos Animais)
2a a 6a feira – 17h00 às 21h30
Sábado e Domingo - 11h00 às 21h30

Praça da Justica
Os conflitos e atos pecaminosos no reino eram uma constante. Cabe ao Juiz Beltrão, o Juiz de Fora
vil e cruel, fazer justiça e cumprir aquilo que lhe foi atribuído pelo próprio Rei. Num ato de
humilhação e punição, quatro penitentes serão julgados em praça pública para que os seus atos
promíscuos não sejam repetidos pelos restantes aldeões.
Cerca do Castelo
(Ofícios com História)
O julgamento (teatro)
2a a 5a feira – 18.00 | 21.00 | 22.00
6a feira- 18.00 | 21.00 | 22.00 | 23.00
Sábado 15.00 | 18.00 | 21.00 | 23.00
Domingo- 15.00 | 18.00 | 21.00 | 22.00
