Tinha sido uma viagem difícil e longa, mas como os populares aqui dizem: “para a frente é que é caminho”. Só Deus sabe o alívio e felicidade que senti por saber que estava prestes a chegar. Já via sinalização a indicar Óbidos com mais frequência, continuei sempre a caminhar na direção indicada e, ao fundo, avistei as ameias de um castelo…
Tinha sido uma viagem difícil e longa, mas como os populares aqui dizem: “para a frente é que é caminho”. Só Deus sabe o alívio e felicidade que senti por saber que estava prestes a chegar. Já via sinalização a indicar Óbidos com mais frequência, continuei sempre a caminhar na direção indicada e, ao fundo, avistei as ameias de um castelo…
Passaram uns dias desde que comecei a caminhar em direção a Óbidos. Os meus pés latejam e doem. As minhas costas já têm dificuldade em suportar a mochila. O cansaço físico está a manifestar-se. Ao caminhar pelo interior da Península Ibérica, a paisagem vai mudando, as vilas são mais dispersas e menos populosas, o calor é mais intenso e seco.
“Viajar? Para viajar basta existir. Vou de dia para dia, como de estação para estação, no comboio do meu corpo, ou do meu destino, debruçado sobre as ruas e as praças, sobre os gestos e os rostos, sempre iguais e sempre diferentes, como, afinal, as paisagens são.”
Era apenas mais um dia, igual a todos os outros. Passeava pelas mesmas ruas, cruzando o caminho com as mesmas pessoas. O destino final era também o mesmo: o pequeno café da esquina, perto de minha casa, era discreto, mas eu conseguia observar o mundo ao meu redor.
Era apenas mais um dia, igual a todos os outros. Passeava pelas mesmas ruas, cruzando o caminho com as mesmas pessoas. O destino final era também o mesmo: o pequeno café da esquina, perto de minha casa, era discreto, mas eu conseguia observar o mundo ao meu redor.